sábado, 22 de março de 2008

Luto

Ela estava vendo na tv um filme triste de romance que falava sobre perda de memória e amor eterno. Foi quando sua mãe atendeu a uma ligação. Uma triste ligação. Seu cunhado foi responsável por dizer: "Tenho uma má notícia. Uma pessoa morreu." Na hora ela parou o filme ao ouvir o desespero na voz de sua mãe. E ficou aflita por não saber o que tinha acontecido. Sua mãe desligou e repetiu a mesma frase que seu cunhado tinha lhe falado. A menina ficou branca, se ajeitou no sofá e perguntou quem era a pessoa. Uma tia-avó. Aquela sorridente que ela tinha visto pouco mas que com certeza fazia parte de suas melhores lembranças. Aquela que sempre recebia toda família de braços abertos, que tinha uma risada gostosa e engraçada, que era uma ótima cozinheira e morava longe na roça. Aquela que piscava os olhos com força e passava uma imagem de ser a pessoa mais feliz do mundo apesar das limitações da idade.
Notícias como essa abalam qualquer pessoa. Acabou o clima de feriado. Se sentiria culpada em aproveitar os dias enquanto outros choram sua perda. Se eles choram, ela quer chorar junto. Se ele riem, ela quer rir junto. E ela se sentia triste pelos familiares mais próximos a querida Tia Teté. Irmã de sua avó. Uma querida parente. Chorou pelo fato de que foi confirmada a frase de que só damos valor às pessoas depois que as perdemos. Mas no fundo ela sabia que a amava. Das poucas vezes que tinha visto sua tia-avó. Ela a amava. E agora ela tinha partido.

Descanse em paz. Você está num lugar muito melhor que nós. Aproveite...

Odeio quando crônicas são mais reais que ficção.

2 comentários:

Anônimo disse...

é sempre horrível ouvir isso...
porque é sempre nesse tipo de momento que você pensa o quanto deveria ter agido diferente com a pessoa. pois é.
mas a vida continua e um dia a gente encontra as pessoas que já se foram...
te amo!

;*
toki

Anônimo disse...

Também odeio quando essa tristeza é mais real do que ficção.

Fique bem, flah.

;*

Shane (quase que esqueço)