terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Final de ano

Final de ano é uma coisa engraçada. Sempre existe aquela retrospectiva sobre o ano que está em seus últimos dias. Aí nós relembramos, choramos, rimos, ficamos satisfeitos ou insatisfeitos, revoltados ou conformados. No próximo ano tudo se repete. Lá vamos nós avaliar os avanços políticos-econômicos do Brasil e nos arrependermos de ter votado em tal pessoa na última eleição. Vimos quem ganhou os campeonatos de futebol, quem ascendeu no mundo da fama, quem decaiu, quem morreu, quem nasceu. Mas tudo isso é um pouco vazio, não?
Sabe o que falta num final de ano? Avaliarmos nossa própria vida. Com certeza muitas pessoas fazem isso, o que é um grande avanço. É certo que se nós vemos onde erramos, estamos mais aptos a acertarmos da próxima vez. Ontem eu pensei muito sobre este ano. Foi um ano de muitas conquistas para mim. Sobrevivi ao meu primeiro ano de Universidade, confirmei que Biologia é o curso certo para minha vida, não traí algumas de minhas maiores convicções e não me deixei influenciar em muitos aspectos. Mas também não ocorreu nada de grandioso (talvez não era pra ocorrer mesmo). Acho que é porque não tracei nenhum objetivo também (dessa vez será diferente).
Sabe o que quero para o ano que vem? Clichê a parte, amar mais. Amar mais a Deus, amar mais minha família, meus amigos. Porque eu acredito que o amor pode mudar muita coisa. E mesmo que aqueles que amam sinceramente possam se decepcionar milhares de vezes com as outras pessoas, vale a pena cultivar este sentimento. E só sei disso porque um dia alguém me amou muito mais que qualquer outro e esse amor me contagiou de forma inexplicável. Mas amar a Deus, amar minha família e amar meus amigos é relativamente fácil! Como não amar a Deus? Ele tem transformado meus dias cinzentos em uma nuvem estonteante cheia de cores nunca vistas antes. Como não amar minha família? Eles que são meu apoio nos dias mais difíceis, são minha companhia, um dos meus alicerces. E como não amar meus amigos? Eles são os que mais convivem com meu mau-humor, com minhas bobeiras, que me agüentam quando nem eu mesma me agüento. Eles que me ajudam e sofrem males parecidos com os meus. Mas o desafio maior é amar aqueles que não me amam. Os chamados ‘inimigos’ (odeio essa palavra). São aquelas pessoas que nunca fizeram questão da sua presença, são aquelas que torcem para você cair a cada passo e que te consideram invisível, talvez por não te conhecerem o bastante. E eu seria muito romântica se dissesse que talvez não exista um desses inimigos na nossa vida. Como amá-los? Não há motivos para amá-los, a não ser um. E esse motivo pode ser inválido para a maioria dos seres viventes. O motivo é a obediência. Obediência a Deus. Ele aconselhou que amássemos os nossos inimigos, porque ao fazermos isso acumularíamos brasas em suas cabeças. É, eu sempre acreditei que dar corda aos que não me querem bem não era a melhor saída. Porque as pessoas adoram odiar umas às outras, e elas arrumam motivos aonde não têm. Você pode ser a mais cordial de todas, não adiantará. Se confrontá-las não resolverá o problema, amá-las pelo menos te fará bem. Fará bem ao corpo, alma e espírito.
Então, se querem um conselho para o próximo ano, só tenho um: amem. Amem uns aos outros. Amem os inimigos, os amigos, os familiares e a Deus. E tenham em mente que o amor ‘é paciente, bondoso; não se vangloria, não se orgulha. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.’ (1 Coríntios 13:4-7)
E ótimo 2008 para vocês.

Nenhum comentário: