segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nesta data querida


Dia 12 foi meu aniversário e eu não queria deixar passar essa data em branco aqui pelo blog. Preciso escrever algo a respeito. Pois então, para mim, foi uma semana de aniversário: pude ver as pessoas mais importantes para mim em dias diferentes da semana (apesar de terem faltado algumas pessoas). Foi bom demais, mais do que eu esperava. Comi mais do que devia e fui feliz, isso que importa.




Estava pensando aqui com meus botões como eu sinto falta daquele tempo em que a tia do colégio desenhava alguns balões com giz colorido no quadro-negro e um PARABÉNS grande com letra bonita, depois enfeitava a sala e todos os alunos eram praticamente obrigados a cantar "um parabéns para você" animadíssimo, com direito a um "com quem será" que me fazia ficar vermelha de raiva e outro "com quem será" para eu rir da minha irmã com raiva. No final a gente tirava foto com a blusa toda cheia de bolo e o sorriso maior que o rosto.




Aí fiquei pensando que muita coisa mudou durante esses 20 anos. Não estou dizendo em relação a minha vida (isso fica pra outro post), mas em relação ao modo como comemoro meus aniversários, ou como recebo "felicidades". Antigamente eu contava nos dedos os dias para chegar o bendito dia 12 de agosto. E não deixava ninguém esquecer: "tá chegando meu aniversário!". Convite rosa pra cá, convite escondido da amiga chata para lá. Os presentes que meus pais davam eram surpresa, assim como dos colegas e parentes. Hoje parece que os parentes me conhecem menos, então perguntam o que eu preciso. Eu respondo e ganho. Aí você pode dizer: "Ué? Está reclamando de quê? Ganhando o que precisa, está ótimo". Mas acho que era muito mais legal quando eu destruía a embalagem de presente, doida pra saber o que eles compraram para mim. De uma parte da família era um pijama ou um conjunto de toalhas bordadas lindas (que eu nunca esperava ganhar apesar de todo ano os presentes se repetirem) e eu agradecia de coração quando gostava ou fazia uma cara de insatisfação quando não era tudo o que imaginava. Tudo muito sincero. Invariavelmente, como toda criança, adorava ganhar brinquedos. E na época, eles ainda tinham um preço justo. No dia seguinte, já tinha estreiado todos eles, sem dó.




Esse ano, os melhores presentes foram os presentes-surpresa, como não podia deixar de ser. Porque eu voltei a ser uma criança, cheia de vergonha por não saber como reagir direito a esses momentos. E o mais legal é que eu sei que todos foram de coração mesmo, ninguém precisava fazer isso, porque tem gente que é tão especial pra mim que só de estar fazendo parte da minha vida já está de bom tamanho.




Fazendo aqui uma digressão, hoje recebi um abraço muito gostoso de um colega que estudou comigo no pré-vestibular...provavelmente eu até hoje não troquei mais do que umas 100 palavras com ele ao-vivo (porque orkut e msn adicionam algumas palavras, mas nem tanto), mas é muito querido pra mim. Ele deu aquele sorrisão seguido do abraço e me deu os 'parabéns' com toda sinceridade do mundo. Sabe o que percebi? Que, como o Marcos Botelho, trocaria 100 scraps do orkut por 1 abraço.




Imagina se no dia do seu aniversário, aqueles 200 novos recados na sua página fossem 200 passaportes para um abraço. Virou parte de nós mandar um "bjo", ou "abraços!" por orkut ou telefone, mas nenhuma palavra dessas vale o que elas realmente significam. A materialização do que falamos faria-nos mudar nosso vocabulário. Mas valorizo aqueles recados que saem da fórmula "Parabéns pelo seu dia", "Deus te abençoe", que fogem do sentimento de obrigação de deixar um recado só porque o orkut estampa os aniversariantes na página principal. Aqueles que você vê que seu amigo(a) gastou um tempo pensando no que faria você sorrir, sabe? Esses são os melhores.



Ano vem, ano vai, e o que antes era 15 já virou 20 e daqui a pouco vai virar 25. Os pensamentos nostálgicos e depressivos só são anulados pelas coisas boas que sentimos ao ver quem gostamos. Por isso mesmo, deixo um pedido: vamos demonstrar melhor o que sentimos pelas pessoas, galera. Seja no dia do aniversário delas ou não. Elas se sentirão como realmente devem se sentir: queridas e especiais, únicas. Citando a banda capixabíssima Crivo, deixe claro o seu amor.

3 comentários:

lalalyrio disse...

"ou ela vai embora e vc nao vê,deixe claro o seu amoor" (8)
agora terei q ouvir crivo hahaha
mas hein.. massa o post :)
e feliz por vc ter passado por mts surpresas no seu aniversário =D

;***

Filipe Garcia disse...

Oi Flávia,

Meus parabéns a você. Se eu estivesse por perto, certamente, lhe daria um abraço e um sorriso.

Também acho que o amor deve ser demonstrado de forma clara. Aliás, bonita essa frase! O problema é que a gente se esquece disso.

No mais, é isso. Fiquei muito feliz de ter partilhado das suas alegrias.

Beijo

midori disse...

fláááá!
que pena que eu não estava em vitória para te dar um abraço enorme, dizer pessoalmente o quanto eu te amo (mesmo que vc já saiba eu acho que é sempre bom deixar claro ;D) e te fazer rir das bobeiras que sempre falo.

que bom que seus amigos aí te fizeram muito feliz no dia do seu aniversário (:

TE AMO!
;***